MAIS DE 2 HORAS ROLANDO TELA DE CELULAR PODEM DOBRAR RISCOS DE ANSIEDADE E QUADLUPICAR CHANCES DE DEPRESSÃO EM ADOLESCENTES

  

Programa pode ser acessado por meio do WhatsApp — Foto: Pixabay

Mais de 2 horas rolando tela de celular podem dobrar risco de ansiedade e quadruplicar chances de depressão em adolescentes

Tempo prolongado em frente às telas, especialmente com atividades como o doomscrolling (rolar a tela por notícias negativas), levou a níveis elevados de ansiedade, depressão, agressividade e impulsividade entre os jovens

09/06/2025 12h28  Atualizado há 2 meses

 A pesquisa, que analisou adolescentes durante nove meses, apontou que o tempo prolongado em frente às telas, especialmente com atividades como o doomscrolling (rolar a tela interminavelmente por notícias negativas), levou a níveis elevados de ansiedade, depressão, agressividade e impulsividade entre os jovens.

Neurocientistas afirmaram que 45% dos adolescentes entre 12 e 17 anos que participaram do estudo e que não tinham histórico de transtornos mentais, apresentaram sintomas psiquiátricos que exigiam avaliação médica adicional.

“É muito mais alto do que esperávamos ver. Antes da Covid, as taxas de ansiedade entre adolescentes variavam entre 8% e 15%. Agora, vemos quase metade da amostra relatando aumento na ansiedade, o que é alarmante”, disse a professora da Western University Emma Duerden, presidente de pesquisa em neurociência e transtornos de aprendizagem no Canadá e autora sênior do estudo.

Na pesquisa, foram coletadas informações sobre condições pré-existentes, uso de telas, dados demográficos, dificuldades emocionais e comportamentais e níveis de ansiedade percebida de 580 jovens.

O tempo de uso das telas, bem como os comportamentos relacionados, como frequência, tempo total, publicação de conteúdo nas redes sociais e rolagem passiva, foram analisados.

A rolagem passiva, que inclui o doomscrolling ou o ato inconsciente de consumir conteúdo nas redes sociais, teve de longe a influência negativa mais forte sobre os adolescentes.

“A rolagem passiva é uma grande preocupação. Ficamos presos e o tempo simplesmente desaparece. Para os adolescentes que entrevistamos, a rolagem passiva aumenta a ansiedade e impacta seriamente a saúde mental”, disse Duerden. “Também está associada ao tédio, que pode levar à frustração, à agressividade e até mesmo a comportamentos impulsivos. A rolagem passiva também maximiza a visualização de conteúdo inapropriado e a criação de comparações sociais destrutivas."

A professora disse que limitar o tempo de tela a no máximo duas horas por dia e incentivar a atividade física aumentaria o bem-estar. Mas ela admite que afastar os jovens de seus dispositivos digitais não é fácil.

“Em estudos anteriores, mostramos que alguns adolescentes relatavam 15 horas de tela por dia. Eles acordam, vão para a tela e ficam o dia todo”, disse Duerden. “Mas reduzir o uso do celular é mais fácil na teoria do que na prática. Acho que proibir o uso de celulares nas escolas é fundamental. Sair e participar do mundo real também é importante. Todos nós precisamos dar um tempo dos nossos celulares para o nosso bem-estar mental e geral.”

Adolescentes que passam mais de duas horas por dia rolando telas de celulares ou tablets dobram o risco de desenvolver ansiedade e quadruplicam as chances de depressão, segundo um novo estudo. As informações são do Daily Mail.

Fonte:https://epocanegocios.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2025/06/mais-de-2-horas-rolando-tela-de-celular-podem-dobrar-risco-de-ansiedade-e-quadruplicar-chances-de-depressao-em-adolescentes.ghtml