A QUARENTENA E O POSSÍVEL DA CLÍNICA PSICANALÍTICA: O REAL E O VIRTUAL.APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA...NÃO EXISTE CLÍNICA ON-LINE

A formação de um psicanalista - JBr.

A QUARENTENA E O POSSÍVEL DA CLÍNICA PSICANALÍTICA: O REAL E O VIRTUAL

Saúde mental na quarentena: como não surtar durante o isolamento

Por Tânia Ferreira,psicanalista*


PRIMEIRA PARTE


Canta o nosso poeta que “todo artista tem de ir aonde o povo está”. O psicanalista também, diríamos. O psicanalista há de ir aonde está o povo e também, aonde está seu paciente.
Tomamos essa frase como metáfora, mas também em seu sentido literal. O povo e nossos pacientes estão em casa e no espaço virtual, no ciberespaço. É para lá que o analista vai hoje, se se interessar em seguir no passo de sua função: o exercício ético da clínica.

Muitos estudiosos têm se debruçado sobre a adesão do cidadão pós-mo derno ao computador, à relação das crianças, adolescentes e adultos com e no espaço virtual. Muitos contemplam em seus estudos a complexa relação entre a realidade virtual e a realidade psíquica.

O filósofo francês Pierre Lévy[1] já na introdução do seu livro cibercultura nos diz que “o crescimento do ciberespaço resulta de um movimento internacional de jovens ávidos para experimentar, coletivamente, formas de comunicação diferentes daquelas que as mídias clássicas nos propõem” (p.6 ).

Dizia também, a vinte anos atrás, o que reiteramos hoje, em concordância com ele: “estamos vivendo a abertura de um novo espaço de comunicação, e cabe apenas a nós explorar as potencialidades mais positivas deste espaço nos planos econômico, político, cultural e humano”. (p. 9)
Para ele - isso nos interessa particularmente - o virtual é exatamente o que existe em potência, e, portanto, é passível de ser constantemente atualizado e, desse modo, é antagônico ao real, realizando-se na sua atualização.
Ali ele já estabelece as distinções precisas entre o ciberespaço e a cibercultura. Vamos nos ater um pouco a essas definições, já que é nesse mundo que temos de entrar, se quisermos estar hoje, com nossos pacientes.

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1.     “O ciberespaço (que também chamarei de "rede") é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. Esse termo especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo "cibercultura", especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (p. 16)
Lévy (1999) lembra que Roy Ascott - um dos pioneiros e principais teóricos da arte em rede – chama de "segundo dilúvio", o das informações: “As telecomunicações geram esse novo dilúvio por conta da natureza exponencial, explosiva e caótica de seu crescimento. A quantidade bruta de dados disponíveis se multiplica e se acelera”.
Ele segue dizendo que a densidade dos links entre as informações “aumenta vertiginosamente nos bancos de dados, nos hipertextos e nas redes”. E, o mais importante – “que contatos transversais entre os indivíduos proliferam de forma anárquica”. (p.9)
Ele sintetiza, por assim dizer, exatamente o que a população do planeta está vivendo com o COVID 19:

“O transbordamento caótico das informações, a inundação de dados, as águas tumultuosas e os turbilhões da comunicação, a cacofonia e o psitacismo ensurdecedor das mídias, a guerra das imagens, as propagandas e as contrapropagandas, a confusão dos espíritos”. (p. 9).

Sabemos que essa torrente de informações e imagens que nos chegam não são sem consequências subjetivas. Ela toma a forma do real que, através do mundo virtual, invade as casas e as vidas como um dilúvio traumático, nesse tempo de guerra contra a pandemia e faz sofrer, muito:

1.     "No fundo, o trauma é um dos nomes que se pode dar ao horror do mal-estar, toda vez que ele vem de fora, de surpresa, sem que se possa imputá-lo ao sujeito, que, horrorizado, sofre suas consequências. É por isso que o trauma é referido a um real que assalta o sujeito, um real que não pode ser antecipado ou evitado” (p 71).[2]
Colette Soler nos diz ainda que se trata de “um real que exclui o sujeito” e não mantém relação nem com o inconsciente, nem com o desejo próprio a cada um; “um real com que nos deparamos e em face do qual, como se diz, “não se aguenta”; um real, enfim, que deixa sequelas, como tantas marcas que cremos serem inesquecíveis” (p. 71).

É preciso lembrar também, que, pela mesma rede virtual que faz passar o real para as casas e as vidas, também passam formas de circundá-lo, de delimitá-lo, para que não fique insuportável – sem suporte. Muitas são as chamadas, convites e possibilidades de acesso à arte: cinema, teatro, música, literatura....

Freud já nos havia dito sobre os efeitos do acesso à cultura, como forma de tratar o mal-estar.

Contudo, ainda assim, a demanda de análise nos chega. O sofrimento de que cada sujeito padece nesse tempo e demanda escuta, coloca o analista no passo de sua função. De minha parte, não recuo frente ao desejo decidido de meus pacientes de prosseguirem com suas análises.

E então? Como fazer? Como usar das ferramentas disponíveis online para a situação analítica? Eis que na pandemia e quarentena, a clínica psicanalítica, via on-line, se faz construir.
É, pois, minha ainda incipiente – mas muito viva – experiência que vou tentar compartilhar, na SEGUNDA PARTE desse escrito: A CLÍNICA, O REAL E O VIRTUAL: APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA....
SEGUE.....
[1] Lévy,Pierre. Cibercultua. São Paulo: Ed. 34, 1999. (Coleção TRANS). Tradução de Carlos Irineu da Costa [2] SOLER, Colete. Discurso e Trauma. IN: ALBERTI, S. & RIBEIRO, M. A. Retorno do Exílio . O Corpo entre a Psicanálise e a Ciência. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2004.



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A CLÍNICA, O REAL E O VIRTUAL: APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA...



SEGUNDA PARTE: NÃO EXISTE CLÍNICA ON-LINE

Por Tânia Ferreira,psicanalista*


Nesse tempo obscuro, em meio ao dilúvio de informações que chegam pelas redes sobre o Covid.19, a pandemia e as questões políticas em cena, o sujeito precisa e quer falar....Dos impactos desta radical passagem “da rua para a casa” e de tudo que isso implica de delícia e dor, nessa travessia imposta do “fora para dentro” que muitos vivem como “confinamento” “isolamento”, e só (,) lamento.

Falar do medo do adoecimento do corpo - que engorda, “seca” e/ou paralisa, alheio aos prazeres e gozos de antes; do medo ou pavor da morte ou mesmo do impulso à morte – para alguns; Das angústias frente ao não saber, ao vazio de futuro, às separações, aos afastamentos e perdas de contato, às interrupções de atividades, projetos, planos, sonhos; do luto e melancolia...

Para além dessas situações, está o sujeito do inconsciente que, segundo sua estrutura psíquica, vai demonstrando seu modo de gozo e o sofrimento decorrente de seu sintoma. Essas situações vividas hoje, podem, por exemplo, se enodar àquelas que compõem a gramática do fantasma ou, em alguns casos, às manifestações da psicose e, por isso mesmo, trazer um sofrimento para além da conta, experiências traumáticas já vividas, repetições.
Desse modo, vamos experimentando e escutando o sujeito a falar da vida, durante esse dilúvio, muitas vezes, sem âncoras. Inventá-las, cabe a cada um, segundo seus recursos, quase sempre parcos para esses tempos de pandemia e quarentena forçada. Um deles, pode ser, para alguns, a análise.

Como dissemos antes, a demanda nos chega e de minha parte, não recuo frente ao desejo de analista e ao desejo decidido de meus pacientes de prosseguirem com suas análises.
Alguns psicanalistas – me incluo também aí - tinham, até então, uma experiência esparsa de atendimentos online de pacientes que estavam provisoriamente impossibilitados de encontros presenciais, tais como os que saem do país por algum tempo ou moram em outras cidades e por razões distintas, não podiam ir até o consultório.
Neste verão, por exemplo, com as constantes tempestades e seus riscos, muitos pacientes e de outras cidades, sem poder se locomoverem, demandavam atendimento por telefone, Skype ou chamadas de vídeo. Eu acolhi tais demandas[1].

Acolhi também, no mesmo gesto, as demandas de supervisões que chegaram naquele momento.

Pude acompanhar também, uma analista impossibilitada de ir ao consultório, dadas as suas condições precárias de saúde, que não recuou frente ao desejo de analista, fazendo atendimentos também online. Pudemos falar um pouco dessa experiência e nós a consideramos muito profícua para aquela contingência e pensamos que pudéssemos avançar nas teorizações sobre o tema, como muitos psicanalistas vinham tentando, mas não houve tempo para esse empreendimento.

Eu não estava desavisada de que muitos teóricos já vinham se perguntando sobre o que se passa e como é possível a “análise online”, como transcorre a sessão fora do Setting tradicional.

Mas também não estava ávida por respostas, assim como não estou agora.

Tenho tentado verificar, por mim mesma, como fazer, na prática, na minha própria experiência na condução de cada tratamento, sob a chancela da transferência.

Para mim, nosso debate deve fundar-se sobre os princípios da prática da psicanálise tal como Freud e Lacan os formalizaram. Importa menos, pois, o setting. Contudo, nos perguntamos e agora, de modo mais atento: que prática se deriva desses princípios? o que muda numa situação analítica que pode usar de ferramentas virtuais?

Assim, parto da premissa de que não há “clínica online”. A clínica que se deduz da hipótese freudiana de inconsciente e a prática que podemos extrair dela, tal como nos ensina Lacan, não tem adjetivos. É clínica psicanalítica. Nada mais.

A técnica, a experiência de uma análise desde Freud e com Lacan, não estão apartadas da ética da psicanálise. Assim, o fazer, o “como fazer” não se desenlaçam, em situação alguma, da ética da psicanálise que considera o sujeito, sua estrutura psíquica, seu saber e sua palavra. Falar de técnica é, pois, falar de ética. É ela o andaime das estratégias, táticas e política de um tratamento.

É em resposta aos questionamentos de alunos e supervisionandos sobre as questões em jogo da clínica no mundo virtual, de um lado, e, de outro, na perspectiva de abrir interlocuções, que trago um pouco de minha experiência ainda recente e, confesso, incipiente, e a leitura e escuta possíveis até o momento.

Suponho que essa experiência ainda esteja entre o instante de ver e o tempo de compreender, sem ter chegado ao momento de concluir, sobretudo seus efeitos nos pacientes e na analista. Precisamos ir construindo um saber a partir da escuta e no diálogo com nossa própria experiência, no Caso a Caso.

Numa primeira visada, supus só ser possível uma experiência analítica dispondo de ferramentas online, com pacientes já sob transferência e que tivessem iniciado o seu trabalho de análise. Hoje, não tenho tanta certeza.

Acolhi, nesse tempo, por chamadas de vídeo, paciente que havia feito uma única entrevista no consultório. Ele liga para dizer a analista que estava iniciando a quarentena e questionando como iríamos fazer e frente à pergunta sobre as possibilidades, a resposta imediata foi: prosseguir por telefone ou chamada de vídeo. Disse-lhe que poderia escolher o que fosse mais conveniente. Marcamos. Seguimos com as entrevistas preliminares, sob transferência - o que demonstra o possível de se iniciar um tratamento psicanalítico através destes meios.

Esta pode ser uma proposição ainda provisória, como outras que apresento a seguir.
Compartilho, pois, nesse escrito, num tom muito mais interrogativo que conclusivo, esse momento de trabalho novo e singular, não sem enigmas e interrogações.

APRENDENDO COM A EXPERIÊNCIA

Ao comunicar por telefone, a cada paciente e, no caso de crianças e adolescentes - também a seus pais - sobre a suspensão dos atendimentos presenciais, fui interpelada de saída por muitos deles se eu atenderia online. Ainda que não tivesse tido tempo hábil de pensar detidamente no assunto, já cogitava essa possibilidade e respondi afirmativamente, certa de que meu dever ético não me permitiria deixar essas pessoas, sob transferência, em desemparo.

Por outro lado, esse é meu trabalho e também fonte de renda, de alegria e realização profissional e pessoal.

Assim o fiz. Cada paciente, foi dizendo como seria possível para ele esse atendimento. Alguns, por telefone, outros, por chamada de vídeo, Skype e-mail, whatsapp.
Alguns, porém, disseram que não se “adaptariam” à análise assim, por esses meios. Não insisti.
Outros ainda, diziam querer falar, mas não tinham privacidade em casa para fazer análise, com os pais e irmãos circulando. Há ainda os que moram em repúblicas, dividem apartamentos com outras pessoas e diziam não se sentirem à vontade para falar com a analista, estando em casa.
Não obstante, passada a primeira semana, alguns pacientes que diziam preferir esperar terminar a quarentena para voltar, estavam tentando conseguir, segundo eles, “um jeito” de prosseguirem a análise.
Em alguns casos, a analista sugere que se feche no quarto ou em algum cômodo da casa, coloque música, construindo assim a privacidade.
Diante do desejo de análise e à inibição frente às ferramentas, a analista sugere a um que escreva e envie no horário previamente combinado, para que a sessão seja feita por whatsapp como possível para a paciente.
A questão da escrita nos parece bastante interessante indagar sobre sua função na análise e na estrutura do sujeito.

Muitos psicanalistas se ocuparam de tratar a escrita e sua função no sujeito e na e para a estrutura[2]. Não obstante, torna-se necessário pensar a escrita e sua função na análise.
Para alguns pacientes, mesmo em atendimento no consultório, a escrita funciona como suporte de discurso. Muitos leem seus escritos durante suas sessões. Sempre acolho, certa de que alguma amarração importante se faz na estrutura, por esse viés. Muitas vezes, engendra um sujeito e sua enunciação, onde não há.

Nesse novo modo de trabalho, a sessão transcorre por whatsapp, tendo as modalidades de intervenção da analista – pontuações, construções, interpretações, escansões, cortes – realizadas também pela escrita. Existiria aí, lugar para o ato analítico?

Embora no texto[3] “O interesse cientifico da psicanálise” de 1913, Freud nos diga que “a expressão ‘fala’ deve ser compreendida não apenas como significando a expressão do pensamento por palavras, mas incluindo a linguagem dos gestos e todos os outros métodos, por exemplo a escrita, através dos quais a atividade mental pode ser expressa”, ainda teremos de precisar se a análise pode prescindir da palavra do analisante e do analista, com a linguagem escrita. Fica no horizonte, como uma questão aberta.

NOTAS SOBRE O OLHAR, A VOZ E O  TEMPO NA ANÁLISE VIA CHAMADAS TELEFÔNICAS E DE VÍDEO

Sabemos que a psicanálise, desde Freud, opera a torção do olhar à escuta.
Se atrás do divã o analista mantém sua invisível presença, quase rarefeita, agora está ali, diante do olhar de seu analisante.

Importante assinalar, que muitos pacientes, já em análise, tendo a analista fora de seu campo de olhar, agora estão frente a frente às câmeras, sob o olhar da analista e, no mesmo gesto, olhando-a. O que nos impõe recolher, à posteriori, as consequências.
Às vezes, há um visível embaraço nessa visibilidade para o analisante e, porque não dizer, para o analista.

Entretanto, há aquele que olha noutro ponto, ou para cima, ou vai se esgueirando na cadeira até seu rosto ficar quase imperceptível ou o que se movimenta e à câmera, deixando-se somente entrever e à analista.

Há ainda o que encontra espaço para a sessão no intimismo de seu quarto, e deita-se como se estivesse no divã, frente à câmera - o que implica que a analista também deva “não se dar a ver”, mas focalize a câmera em algum outro ponto.

Interessante que alguns colocam fone de ouvido para não deixar a voz da analista ecoar, senão para eles, enquanto falam de “viva voz” na chamada de vídeo.
Questão que merece de nós atenção, pois sabemos que a voz tem um lugar e um valor singular, no dispositivo analítico.

O analista, atento que é à modulação da voz, em cada estrutura psíquica, para cada sujeito e à necessidade de, muitas vezes responder com o silêncio às palavras do analisante fazendo com que sua voz, sendo pouco evidente e presente, faça por isso, valer sua face pulsional – a de objeto vocal.

Contudo, muitas vezes, diante do silêncio da analista ao telefone, o sujeito pergunta: “você está aí”? “Está escutando?” Assim, encontrar o tom e a medida da voz e do silêncio, nessa nova modalidade da situação analítica, se impõe a nós.

Outra questão é o tempo. Coloco como indagação se nessa modalidade de presença do analista, as sessões de tempo variáveis, mais “breves” ou “ curtas” podem se dar sem tanto desconforto ou até, sem suscitar angústia no paciente. Entretanto, sabemos que a pontuação implica o corte da sessão. Claro, não se trata de parada abrupta ou uma forma de interrupção, mas de corte. A mudança na estrutura, depende da topologia do corte – nos ensina Lacan. Desse modo, o manejo do tempo e o manejo da angústia[4], me parece, exigem muita delicadeza nesse modo novo de trabalho. Havemos de seguir atentos.

Seguimos. Por hora, é o que temos a ressaltar. Certamente, em breve, poderemos nos haver teoricamente com novas questões que essa modalidade de dispositivo nos coloca acerca do olhar, da voz, do tempo, da função da escrita e outras mais.

Certamente essa experiência pode ir ganhando novos sentidos ao longo do tempo, mostrar-se eficaz ou não. Importa mais é a disponibilidade do analista de interrogar sua prática e os princípios que a sustém.

Não obstante, é a peculiaridade da escuta da analista que vigora, como seria em outro setting, vertendo as imagens que se lhe oferecem, em significantes - o que também permite a torção necessária para que a análise se faça. Onde quer que o analista esteja, trata-se d "o sujeito, enfim em questão".
Na Terceira Parte desse escrito, traremos algumas notas sobre AS CRIANÇAS, OS (AS) ADOLESCENTES E AS SESSÕES ONLINE
[1] Em consonância com as diretrizes e determinações do Conselho Federal de Psicologia. [2] Tomemos como exemplo o livro de M. Bialer. Literatura de autistas: uma leitura psicanalítica, onde a autora coloca em relêvo a escrita de autistas de várias idades e partes do mundo e como essa escrita funcionou, para cada um, como porta de entrada para o outro. [3] p. 211. [4] Falamos muito de manejo da transferência, quase como um jargão psicanalítico, mas falamos pouco do manejo da angústia numa análise. Questão imprescindível, que tem aqui um ponto inicial.

* Tânia Ferreira, psicanalista e professora. Nascida em Belo Horizonte,  formou-se em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. É mestre e doutora em Educação (UFMG) e pós-doutora em Psicologia na área de pesquisa: Psicanálise e Cultura (UFMG).Entre seus livros: Os meninos e rua: uma interpelação à psicanálise, ganhador do prêmio Jabuti Educação,  Psicologia e Psicanálise (2002).



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